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O Coronavírus e as finanças na sua estamparia

Como cuidar das FINANÇAS EM TEMPO DE CORONAVÍRUS


Durante a quarentena em função da PANDEMIA do COVID-19 eu realizei de segunda a sábado uma LIVE especial chamada SILKNEWS.


Nessa série de LIVES entrevistei pessoas relacionadas ao mercado serigráfico e outros de interesse a nossa comunidade e ecossistema da Serigrafia. Devido a inúmeras solicitações inciei uma serie de Lives especiais sobre as finanças em época de Pandemia. Segue abaixo o primeiro episódio de foi ao ar dia 27 de março de 2020.


Neste episódio utilizo o software BICAN para a análise de uma estamparia e confecção de uniformes.


Esse software é uma parceria entre a SILKTV ACADEMY e HENRIQUE CROISFELTS, o software, que é online, possui aulas disponíveis internamente sobre conceitos básicos de administração de estamparias.


Nesse estudo que realizamos descobrimos qual era o mínimo de entrada de dinheiro que é necessário para manter essa estamparia por 1 mês. Esse número que chegamos eu chamei de mínimo viável de sobrevivência.


Eu particularmente não gosto de fazer as metas baseadas em faturamento, pois se aplicarmos um desconto no preço final de venda de algum produto, essa faixa de faturamento muda.


E principalmente o número de peças vendidas altera significativamente para MAIS. Sabemos que para uma pequena estamparia aumentar significativamente o numero de peças produzidas, depende de ESPAÇO, PESSOAS e logo INVESTIMENTO. Como grande parte das estamparias são formadas de pequenas empresas (com 4 a 10 funcionários) e micro-empreendedores que trabalham sozinhos ou muitas vezes contam com um ou dois ajudantes no máximo, essa escala em produção pode ser inatingível.


Para isso na LIVE eu fiz uma simulação, se a empresa em questão vendesse um único produto, CAMISETA DE UNIFORME DE ESCOLA, nessa simulação levamos em conta que o custo da camiseta produzida, aviamentos, estampa e embalagem, está em torno de R$ 12,00. Se o preço de venda for R$ 24,00, os custos fixos da empresa esteja em R$ 10.429,63 o GIRO DE VENDAS, ou seja o número de peças que eu tenho que vender para pagar todos os custos é de 1061 unidades:


Agora se eu aplicar um desconto de 25%, baseado na hipótese de "vender mais" na quantidade, o valor passar de R$ 24,00 para R$ 18,00 a unidade e o GIRO DE VENDAS vai para 2.387 unidades... Ou seja para 25% de Desconto eu tive que aumentar a minha venda em 125% (muito mais que dobrar)


Agora, pensa comigo, se já está mais difícil vender em função da inúmeras empresas que estão fechadas, imagina então vender em quantidade...


Nessa hora aumentar o volume, para os pequenos pode não ser uma boa estratégia, lembrando que nossos fornecedores também estão desabastecidos e ainda temos que levar em conta o poder que nossos clientes tem de honrar os pagamentos. Portanto, cuidado.


Acredito que nesse momento temos que pensar em calcular o MINIMO VIÁVEL DE SOBREVIVÊNCIA DA EMPRESA, ou seja, qual o mínimo que precisamos para manter nossas empresas vivas durante essa crise. Para isso é necessário você rever todas as despesas e contratos que você tem na sua estamparia e tentar reduzir ao máximo, serviços não essências você pode congelar. Com isso chegaremos ao custo fixo mínimo possível.


E os funcionários? essa é uma pergunta muito difícil e responder pois envolve o lado humanitário da questão, e você pode se sentir mal em "deixar alguém abandonado nesse momento". Por isso vou analisar somente o lado empresarial.


Dispensar funcionários: Fazer isto envolve um custo elevado, e nesse momento esvaziar o caixa pode não ser uma boa opção. Além de que nós sabemos o quanto é difícil contratar e treinar pessoas.


Não dispensar funcionários: Você tem que ter em mente que não sabemos ao certo quanto tempo levará para a economia voltar ao normal, portanto se você não tiver caixa para manter sua empresa e ela fechar, todos estarão dispensados, até você. Mas lembre-se que só você será responsável em pagar as contas desse fechamento.


Dica: Reúna os funcionários e pensem juntos qual é a melhor opção, se puder dar férias, se é possível um ajuste momentâneo salarial, etc. Agora é a hora de vermos quem é quem na empresa, quem está trabalhando somente pra cumprir tabela e quem está realmente preocupado com sues ganhos. Fique ligado também nas ajudas que o governo está prometendo e utilize-as assim que disponível.

Fora isso, peça ajuda da equipe para que em conjunto possam manter a empresa de pé, toda sugestão é valida e você pode se surpreender.


Agora quero fazer um parêntesis sobre o último paragrafo, muitos devem pensar assim: mas se sou eu o Patrão, vou pedir ajuda pros funcionários para acharmos soluções? Se você pensa assim, você está enganado sobre vários aspectos. Sim, você é o "PATRÃO" porque resolveu correr o risco de empreender, porém você também é um FUNCIONÁRIO da sua empresa como qualquer outro e nesse momento TODOS devem pensar em como manter seus ganhos para suprir as necessidades pessoais e de suas famílias se for o caso.


Bom, definido o MINIMO VIÁVEL DE SOBREVIVÊNCIA MENSAL, você tem que pensar em ter caixa para praticamente 2 meses sem nenhum faturamento e mais 2 meses com faturamento suficiente para cobrir 50% das despesas.


Portanto no exemplo que utilizei, se o custo fixo é de R$ 10.431,19 você vai precisar de

R$ 31.300,00 aproximadamente. Isto se a previsão estiver correta e se você realmente conseguir vender após o período sem nenhum faturamento.


Se você não possui esse dinheiro em caixa, está na hora de procurar um financiamento a juros baixo, tipo BNDES. Não deixe pra última hora, descubra esse valor agora e comece a procurar financiamento agora também, isso é URGENTE. Agora se você não se mexer, vai acabar caindo no cheque especial e pagar rios de dinheiro em juros.


Se você não sabe qual é esse valor MÍNIMO VIÁVEL MENSAL eu aconselho que você assine o BICan, o valor dele por ano é muito menor que o valor que você vai pagar no cheque especial por mês!!!!! Para assinar clica aqui!


A ordem agora é manter sua empresa viva!


E depois???

Se você garantir primeiramente sua sobrevivência empresarial, o segundo passo é repensar seus meios de produção, identificar os seus melhores produtos e buscar aqueles cliente que realmente estão dispostos a pagar pelo que você precisa vender.

Na era pós COVID-19 AS EMPRESAS TERÃO QUE SER MAIS EFICIENTES, você deve ter percebido que o grande problema são os custos fixos, portanto processos arcaicos e dispendiosos nesse futuro breve vai fazer a diferença entre você estar ou não no mercado. Atualize-se nos processos, saia da ESTAMPARIA ARTESANAL e mude para ESTAMPARIA PROFISSIONAL, e para isto você não precisa ter mais funcionários, salas de reunião, nem equipamentos ultra modernos. Você consegue ser uma estamparia profissional mesmo sendo só você na empresa, o que você deve fazer é se profissionalizar como empresário! Se você quiser uma forcinha tenho um curso que se chama ESTAMPARIA DE SUCESSO 3.0 e nele além das técnicas eu trato também da mente empreendedora, se você quiser participar aproveita que estamos com turma aberta durante a PANDEMIA.clica aqui pra participar.


Tenho também um programa de Mentoria: Método TIGER onde eu vou te ajudar a ter lucro definitivamente na estamparia. Clica aqui pra saber mais.


Bom essas são minhas impressões sobre a atual situação, e você o que acha? Comenta aí abaixo que eu quero saber!


Obs: No episódio eu utilizo uma planilha criada por mim, para cálculo de consumo de tinta e valor de estampa.(somente tinta).




 

"Trabalhando todos os dias para levar informações relevantes e melhorar a qualidade do mercado serigráfico brasileiro!"

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